quarta-feira, 30 de março de 2016

Perfeitamente Imperfeitos



Em uma época em que tudo ofende, magoa, desperta ira, salto dessa condução, ou seria condição? Sim, sou de um tempo em que todo coleguinha de escola tinha uma característica que chamava atenção e como em todo coletivo infantil infame, gerava brincadeiras de mal gosto. Mas será mesmo? Claro que algumas pessoas mais sensíveis se amoavam nos cantos, mas a grande maioria, entrava na sinistra diversão. Sou à favor da máxima : "O que não me mata, me fortalece". 
Tenho saudade do tempo onde referência de cor, credo, etnia ou classe social, eram apenas arquétipos, que não separavam amizades.  
A "zoeira" era sadia, e como em amizade masculina, onde existe muito mais tolerância e fidelidade que em qualquer outra, tudo terminava em brincadeira.
Essa geração cresceu forte, em sua maioria idônia, mas acho que em algum ponto o caldo desandou de certa forma, que fez com que esses mesmos indivíduos, agora adultos, criassem uma nova geração sem limites, meio cristal, onde tudo atinge ou gera polêmica. Talvez sejam, fatores externos ou os tempos que realmente mudam. Logo entraremos na Era de Aquário, talvez seja isso, mas realmente sinto falta de conversas reais, comportamentos sinceros, da insensatez sadia que não matou nenhum de nós, fomos felizes de uma forma que não vejo a nova geração ser. Nunca saberão o que é encontrar alguém só pela intuição de saber onde encontrá-la, sem o auxílio de algum aplicativo tecnológico. Eu sei que cada época tem seus prós e contras, mas o que não se pode negar é que, os anos 80 até meados dos 90 foram mágicos. Talvez selvagem para algumas pessoas do mundo moderno, mas perfeitamente imperfeito.

( Andréa C Narita)


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