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domingo, 18 de março de 2012

Crepúsculo do ser




Em um calor escaldante, e o rio convidativo, Astarte aproveita para tirar o cheiro da jornada do corpo. Ao longe, Zaion afia o espontão sente o suor escorrer pela testa e descer pelo dorso. Seus dois soldados, observam com olhos de cobiça a bela mulher a nadar nas águas turvas do rio.Fortes ancas deslizam no imaginário. Ele se aproxima deles e os repreende.
_ Ela é uma sacerdotisa da Deusa, não é para vocês, ela não é de homem nenhum, ela escolhe quem quer tomar por amante, ou quando precisa participar de algum ritual de fertilidade. Fora.... que vocês não são páreos para ela,rsrs.
Nesse instante a terra treme , o céu escurece....
Astarte, se coloca rapidamente fora da água, somente com a parte de baixo da roupa de pele, e com uma espécie de top em couro mal cortido. E a adaga que a espera ao longe, em quatro rodopios, lá está ela em sua mão, afiada e pronta para perfurar o pescoço do inimigo.
Neste instante em que sombras ocupam o lugar, criaturas se apresentam como se a terra os expulsassem aos montes....Zaion, percorre o corpo das feras com a ponta de sua lança... os soldados, petrificados, permanecem enfeitiçados.
A adaga , voa no ar e encontra o peito da aberração, dois passos no ar e ela acerta o joelho no queixo do adversário, enrosca a perna em seu pescoço e o enforca. Acerta outro chute em um nariz, fecha os punhos nas regiões baixas que se apresentam. Abaixa e pega a espada do adversário, e por fim a enterra em seu peito, sem dó.
- Juro que nunca vi tantos, Astarte. Que vamos fazer??
 Zaion sente um machado encontrar seu braço, o frio da navalha corre sua veia e a luz de apaga. Astarte, como um redemoinho, rodopia no ar em transe, levanta os braços, como se fosse uma ninfa. A energia carmim que emana de seu corpo, paralisa as criaturas das trevas, e as faz definhar com a luz que sai da sua órbita. O cheiro de carne chamuscada e podre, embriaga o ar. Raios por todos os lados....
Astarte cai , depois de tamanha magia....




Andréa C Narita


domingo, 11 de dezembro de 2011

Crepúsculo do ser II





E eis que entre nuvens, surge uma criatura alada, furtacor, de escamas reluzentes e olhar magnético....Sobre ele, uma sacerdotisa guerreira com roupas em couro pouco cortidas e elmo cobreado, trazia atado a sua cintura, um cinto e um punhal curvo ....

Astarte ouvira o grito de dor e agonia que Zaion emitira ao se deparar com o campo de guerra em que se tornara sua aldeia, queimada...ultrajada......O guerreiro agora estava afoito por vingança contra aqueles que lhe tiraram as chaves de sua existência....

Pousando graciosamente ao seu lado, ela desce e segue quase sem emitir nenhum ruído , a dor também toma conta dela, diante do cenário de destruição. Então, pousa a mão sobre seu ombro e diz:

- O ódio que sente em teu peito, não trará as vidas novamente....nem restituirá a sua....somente acabará por envenenar-lhe o sangue e consequentemente a alma.

Zaion urra....e finca sua espada no chão....

- Eu prometo que todos os envolvidos pagarão!!!!!

-Cuidado com as palavras que profere , homem.... Elas estão contaminadas de ódio e poderá ao invés de lhe trazer vingança, mostrar-lhe somente desgraça. Não é plantando mais joio que o trigo florescerá...

-Não terei o que fazer neste mundo, se não trazer justiça ao solo profanado.

- Mais uma vez lhe digo, vingança não leva a nada, somete à roda do destino....que lhe fará andar em círculos e voltar sempre ao mesmo erro. Estes , colherão o que plantaram....sua missão é outra guerreiro!!


(Andréa Costa Narita)


 ....e continua um outro dia....