Amizade juvenil

Juventude alegre, amores livres

Sem maldade, ansiedade a mil

Grandes planos , fortes calibres

Da liberdade sonhada

Só a estrada sabe, que de tantos sonhos

A ilusão foi afogada

Hoje, lembrança gostosa

De uma época de parcerias invioláveis

Amizade amistosa

Amores se foram

Amores voltaram

Amores faleceram

Amizades se solidificaram

Outras não aguentaram

...E o fim de tudo?

Ainda não me contaram...

Andréa Costa Narita

Estrada

Me perder da consciência

Viver pela metade

Disfarces de demência

Jamais......

Nessa estrada

Vale seguir atento

Aproveitar a estada

Sempre a contento

Sempre mais....

Por vezes não há acostamento

Seguir é preciso, sem olhar atrás...

Alguns trechos.... um tormento!!

Noutros, o desconhecido nos traz...

Muitos aparecem....

Quantos somem....

Outros reaparecem....

Mas eu continuo...até o fim dessa viagem......

(Andréa C Narita)

Alma pin up

Emaranhado de fogo

Silhueta febril

Peritas no jogo

Manejo malicioso....até vil

A arte sublinhada

Como encantamento

Da alma detalhada

Do próprio consentimento

No jogo é predominante

Sedução... parte sublime

Sorte do amante

Que em sua essência se define

Andréa C Narita

Máscara

SUBTERFÚGIO DO SER

DISSIMULAR O QUERER

OCULTAR O INTENTO

OBTER A CONTENTO

NÃO HÁ MAU QUE PERDURE

NEM BEM QUE NÃO VEM

NÃO HÁ BELEZA QUE DURE

SEM O PILAR DO PENSAR

(ANDRÉA COSTA NARITA)

O sono

Minha íris se contrai

Meu corpo já não responde

Será que corresponde?

Meu controle me trai

Deixo me levar

Livre e leve por teu braço

Envolta em teu abraço

No teu encanto me enredar

Nuvens em meus pés

Sopro em meus sentidos

Devaneios sortidos

Na proa do convés

Finalmente em meu lençol

Toda sua Prometeu

Até Apollo me trazer o Sol

(Andréa C Narita)

Como um raio na escuridão

O que impreguina

Forte ácido me domina

Adaga cortante

Fere a pele...culmina

Como um raio na escuridão

De onde saio, sem titubear

Renascer na explosão

Certa do que encontrar

Como a águia da Montanha

Transformação

Quem é essa estranha?

Apenas um trovão

Tempestade, Calmaria...

Nada em vão....

(Andréa Costa Narita) 

SUPERAÇÃO

Das ruínas de minha estrutura

Das mazelas contínuas

Contemplo forma futura

Apresento - me em formas nuas

Muralha ao chão

Sabotagens volutárias

Sinto em minha mão

Forças solidárias

As águas que rolaram

As mágoas que sepultei

Sentidos se transformaram

Todo fel não mais trarei

Somente pude seguir

Ao reconhecer no reflexo

O real valor do sentir

Tudo passa a ter nexo

Ao encarar

Pude resolver

Me libertar

Pronta para vencer!!

(Andréa Costa Narita)

LUA AZUL

Alegra-te alma ceifada

Fortifica-te no altar

Embala a dor calada

Só tu sabes como amar.

Lua Azul, chega-te à mim

Enfeitiça o ser inebriado interior

Apresenta o tom carmim

Da cor que aquece e elimina a dor.

Tempo de culto ao amor

Próprio, pelo outro, universal

Alto é meu clamor

Ouça-me poder elemental.

Graciosa é sua chegada

Deusa bem amada

Dançante será a noite

Não tema....nem o açoite. 

(Andréa C Narita)

LUZ QUE EMBRIAGA

Forte sentido me traz

Acalanto de águas rebeldes

Doce, suave brisa a acalmar.

O pesar de minhas fraquezas.

Caí, por não crer em mim.

O que me resta?

Levantar, enfim.

Sou maré que vibra,

Milagre que dura,

Sou tudo que possa vir a ser

Sou luz que embriaga ...e cura.

　

(ANDRÉA C  NARITA)

Suplício exilado

Suplício exilado

Artíficios de guerra

Escárnio calado

Vestígios da nova era

Sonda me a aurora

Paixões que deixei outrora

Suave brisa me traz

De volta á paz

Luz que me guia

Desfaz minha agonia

Força que  me alimenta

Retorno ao pilar que me sustenta 

(Andréa Costa Narita)

Anseio

  

Se  anseio por demais

Por mãos fortes em minhas ancas

Pela força que me arranca

Da mesmice

Da sanidade

Brota-me desejo venal

Suga-me fonte carnal

Pecado? Luxúria?

Acaba-te em lamúria....

Porque negas a fonte?

Tens medo de Caronte?

Pois digo-te que

Pecas por negar a natureza

Forte e majestosa realeza.

(Andréa Costa Narita)

Aurora esfuziante após Inferno de Dante!

Grãos dispersos

Milimétricamente perversos

Tão furtivamente nutridos

Delinquentes unidos.

Infortúnio incessante

Maldita parte tocante!

Herança errante

Inferno de Dante!

Aurora esfuziante!!!

Vitória sobre a sombra

Sentimento radiante

Nada mais me assombra.

Da semente anterior

O florescer não tarda...

O libertar interior.

(Andréa C Narita)

Ás de espadas

Tirando o ás de espadas da manga

Sorte ou azar

Extavasando

Exorcisando

Fantasmas sombrios

Escárnios

Calafrios

Exterminando até o último fio

Uns fingem não ver

Outros fogem ao ser

Sorte é saber

Encarar e entender

Que aqui vai morrer

Influência malévola

Seu azar foi jogado

É carta fora do legado.

(Andréa C Narita)

Obs: O ás de espadas em uma tiragem de tarô, fala de você consigo mesmo, de transpor os próprios limites, e isso às vezes não é fácil.